Tenho Medo

Zé Vaqueiro

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[Verso 1] Diretamente do engenho aqui venho Mantenho esse forte empenho O que tenho não mas contenho E me embrenho nesse desenho Retenho esse caldo bom, extrato puro do dom Moendo a cana, a garapa faz rapadura no som Resulto num fruto duro futuro dança na palma Palma na qual eu me aprumo esse é o sumo da minha alma Sentindo essa vibração alumiando o sertão No fogo do lampião no balão subindo clarão Vejo a estrada se abrir, vejo mainha a sorrir Vejo esse sonho emergir, explodir e o mundo aplaudir Eita cearense invocado virado num mói do diacho No braço rasgo o riacho retado sou cabra macho Minha raiz é cantada, é dançada, é prosa falada Arada e cultivada, amada e eternizada Faço como antigamente, alegro o carnaubal Se for pela minha gente arrasto a pexeira o punhal O menino arrebenta, agora agüenta essa raça brava Pros froxo que nada dava, toma é pra morrer de raiva Sou Nordeste até a tampa e boto pra voar as banda Rapadura aqui canta e encanta e as telha levanta [Refrão] Chico segure fole é doce mas num é mole Zabumba não escapole é doce mas num é mole Rapadura de engenho é doce mas num é mole É doce mais num é mole é doce mas num é mole Chico segure fole é doce mas num é mole Zabumba não escapole é doce mas num é mole Rapadura de engenho é doce mas num é mole É doce mais num é mole é doce mas num é mole Sou nordestino, sou menino cantador Sou cordelista, repentista embolador Sou cangaceiro, sou vaqueiro aboiador Eu sou da palhoça, sou da roça com muito amor Eu vim lá de lagoa seca pra cantar O que eu tenho é o doce de engenho pra encantar Se sou matuto e diferente aprenda a respeitar Oxe, oxente, arriégua inté morrer vou de falar [Verso 2] A cultura sou entregue esse nó não se afrouxa Sou carne dura de jegue não negue que o cabra arrocha Bole a criança, bole a menina, bole a senhora Desde o começo da andança inté minha hora de ir embora Cabeça de calango treme no meio ensaio Tipo feira de mangaio estremecendo o balaio Na crença é meu padim, na foice é Zé mucuim Nascença aqui é chiquim mais doce que alfenim A bença mundica e eu vou lá pros pé de siriguela Ela sabe eu sou sabiá assobio inté secar a guela Prá afinar as canela me jogo no arrasta pé Tem abestado num é que tem vergonha do que é Eu sou o que sou e onde for minha cultura vai estar Chapéu de palha e precata pro ceará festejar O sotaque vem do sertão minha armadura é meu jibão Com suor lavro esse chão É doce mais num é mole não Rap, xaxado e baião, emoção na qual eu componho Com muito trabalho e esforço realizei este sonho Norte, nordeste me veste, o povo ta dentro de mim Enquanto num for mim embora eu canto a meu amor sem fim [Refrão x2] Chico segure fole é doce mas num é mole Zabumba não escapole é doce mas num é mole Rapadura de engenho é doce mas num é mole É doce mais num é mole é doce mas num é mole Chico segure fole é doce mas num é mole Zabumba não escapole é doce mas num é mole Rapadura de engenho é doce mas num é mole É doce mais num é mole é doce mas num é mole Sou nordestino, sou menino cantador Sou cordelista, repentista embolador Sou cangaceiro, sou vaqueiro aboiador Eu sou da palhoça, sou da roça com muito amor Eu vim lá de lagoa seca pra cantar O que eu tenho é o doce de engenho pra encantar Se sou matuto e diferente aprenda a respeitar Oxe, oxente, arriégua inté morrer vou de falar