Pretugal

Chullage

Score: 2
/
Played: 15

Album:

Rapensar

Genres:

Hip hop
Hip hop
Rap
Portuguese
Portugal

Moods:

Languages:

Featured by:

daniel.simoes

Wiki:

Lyrics:

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[Verso 1] Brutalidade policial Baixo rendimento salarial A injustiça judicial Preconceito racial Violência Toxicodependência Delinquência Desobediência às leis Os fios, os anéis Os bares, os bordéis Os telemóveis Os automóveis Com twitters e woffers de 350 watts Subwoffers com bass que até bates mal Equalizadores Amplificadores Estofos de cabedal P’ra pôr negros e negras petrificados pelo som Pelos vidros e faróis fumados, pelas saias e alleron E as jantes de liga leve Até que alguém o pegue, o leve E o desmonte E o encontres pragado num beco da arrentela, vale, quinta, mira, monte ou da lisa Os niggas na prisa Por botes e lojas feitas ou paiamentos de yosh e cisa O tuga que nos inferioriza O ódio que se interioriza Policia que nos martiriza A cota que sonha com um futuro para nós que nunca se realiza Os niggas que morrem nesta guerra, a dor que nos paralisa Na ignorância que com vingança o sofrimento se minimiza A confusão à porta da taberna Onde a embriaguês governa As pulgas subindo pela perna Os niggas que não lutam sonhando com Totoloto Com o Totta ou souto Com um puto na rua roto Brincando entre as águas do esgoto [Refrão] Coração lá e corpo cá em 'Pretugal Mentalmente encarcerados cá em 'Pretugal Sem pão, mas com veneno e armas p’ra morrermos em 'Pretugal Segregados p’ra não sermos ninguém em Portugal [Verso 2] Os ratos, a inveja, o ciúme O perfume De urina Na esquiina O nigga que penetra uma vagina Insemina E dá de fuga deixando um menino no colo de uma menina Duia de queca fora Discoteca fora Queca 'mó fora Na hora Com kizomba na banda sonora Agora 'Tas na merda shema, o teu nigga desmarca Brotha' pragado no bairro, descontra, armado em monarca Com tudo de marca Mas nada na arca Enquanto a mente sufoca na caia e na birra se encharca A pobreza e ganância que no crime nos embarca E nos desembarca Na campa ou na cana O dinheiro fodido no Tommy, Armani, CK, ou Gabana P’ra impressionares aquela mana Na disco africana O tiroteio, a facada por causa 'duma punana Caçadeiras, revolveres, às vezes até katana E quando não há saem queres que é p’ra abrires a pestana A violência domestica que torna o lar hostil O insucesso escolar, o trabalho infantil Que infertiliza o skill A televisão que emite Uma visão estereotipada da street Mantendo niggas mais bloqueados que maxilas de pit Conas e pilas onde a sida se transmite No sexo inseguro que fode da chungaria à elite A obra, o McDonald´s, a limpeza O trabalho n qualificado, mal remunerado que não une a família à mesa A desunião Desorganização Desinformação Incapacidade de auto-afirmação De mudar o ruma à situação O natal e o aniversário sem presentes As saudades da nossa gente No fragilizado continente A desigualdade de critérios O cultural adultério A falta de um projeto político sério P’ra reconstruir o nosso império O realojamento de barracas p’ra prédios, de 2ª categoria Na periferia Com chibaria De vigia Com falta de transportes E ambulâncias que evitem as mortes O trafico, o jogo, o furto Por dinheiro num espaço de tempo curto O surto De pragas, doenças e outros preticidas As pesadas sentenças lidas Que nos roubam as vidas E as devolvem com as esperanças sub nutridas E as expetativas demolidas diluídas [Verso 3] As rimas, os beats Os rots, os pits Os bull terriers, os staffs As rodas de freestyle, break dance ou graffs A peladinha sábado à tarde A tralha que arde A cerveja a rodar pelos brothas' do yard Controlando cus e mamas de africanas doces que giram no guetto O slang criado entre a língua tuga e os dialetos dos PALOP’s O dedo do meio no ar p’ro bote dos cops As noites em que n há confusão na boda Macho e fema a roçarem tudo a noite toda Os dias em que dá para repetir o prato Os bules em que n é preciso cortar o cabelo nem tirar os brincos para se ter um contrato As noites em que ninguém vai dentro Os seguranças que não nos seguem no centro O amor Entre brothas' e sistas', o calor O ritmo musical A expressão corporal A comida tradicional A linguagem ancestral E o alto astral Apesar de tudo aquilo que corre mal A grandeza espiritual O Orisha O Allah Ou Jah Que nos protege Já que a autoridade n nos protege Só nos mente até ao dia que a gente a elege O amor ao guetto que nos rege A força, o drible, a velocidade A alegria, aquele pingo de felicidade Que nunca desaparece Independentemente de tudo aquilo que acontece Na comunidade